Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 16 | Location 216-218 | Added on Sunday, November 22, 2020 12:44:18 AM
Para os românticos, a intensidade vale mais que a estabilidade. Para os realistas, a segurança vale mais que a paixão. No entanto, a decepção é comum a ambos, pois poucos conseguem viver felizes num extremo ou no outro.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 17 | Location 227-231 | Added on Sunday, November 22, 2020 12:45:28 AM
todos nós precisamos de segurança: permanência, confiabilidade, estabilidade e continuidade. Esses instintos de criar raízes e obter proteção sustentam nossa experiência humana. Mas também precisamos de novidade e mudança, forças geradoras que preenchem a vida e a tornam vibrante. O risco e a aventura não nos deixam. Somos contradições ambulantes, buscamos segurança e previsibilidade, mas também queremos diversidade.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 21 | Location 298-300 | Added on Sunday, November 22, 2020 12:49:54 AM
Espera-se do amor, além de apoio emocional, compaixão e companheirismo, que seja uma panaceia para a solidão existencial. Nosso parceiro é como uma muralha de proteção contra as vicissitudes da vida moderna.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 22 | Location 310-314 | Added on Sunday, November 22, 2020 12:50:59 AM
O amor o domina, e você se sente poderoso. É um clímax de sensações, e você não quer que acabe. Mas também tem medo. Quanto mais você se apega, mais tem a perder. Então, você tenta tornar o amor mais seguro. Tenta prendê-lo, torná-lo confiável. Você assume alguns compromissos e, alegremente, abre mão de um pouco de liberdade em troca de um pouco de estabilidade. Cria conforto através de artifícios — hábitos, rituais, nomes de bichos de estimação — que dão tranquilidade. Mas a emoção estava ligada a certa dose de insegurança. A excitação decorria da incerteza, e agora, ao procurar dominá-la, você acaba fazendo a vivacidade se esvair.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 22 | Location 315-316 | Added on Sunday, November 22, 2020 12:51:15 AM
Na tentativa de controlar os riscos da paixão, você a amainou. Nasce o tédio conjugal.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 23 | Location 332-333 | Added on Sunday, November 22, 2020 12:53:14 AM
quando trocamos a paixão pela estabilidade, não estamos meramente trocando uma fantasia por outra?
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 23 | Location 335-338 | Added on Sunday, November 22, 2020 12:53:37 AM
Quando amamos, sempre corremos o risco da perda — por alguma crítica, por rejeição pela separação e, em última análise, pela morte —, por maior que seja nosso empenho em dela nos defender. Às vezes, a introdução da incerteza exige apenas que abandonemos a ilusão da certeza. Nessa mudança de percepção, reconhecemos o mistério intrínseco de nosso parceiro.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 24 | Location 351-354 | Added on Sunday, November 22, 2020 12:54:55 AM
O erotismo é arriscado. Temos medo de nos permitir esses momentos de idealização e desejo por quem vive conosco. Isso introduz um reconhecimento de soberania que pode dar uma sensação de instabilidade. Quando nosso parceiro é independente, tendo sua própria vontade e liberdade, a delicadeza de nosso vínculo aumenta.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 25 | Location 368-370 | Added on Sunday, November 22, 2020 12:56:16 AM
.” “Ele é muito fraco para me deixar.” “Ela não aguentaria se soubesse o que já fiz.” “Somos os dois muito tradicionais. Apesar de ser ph.D., ela gosta mesmo é de ficar em casa com as crianças.” Vemos o que queremos ver, o que toleramos ver, e nosso parceiro faz o mesmo. Neutralizar
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 25 | Location 368-370 | Added on Sunday, November 22, 2020 12:56:42 AM
.” “Ele é muito fraco para me deixar.” “Ela não aguentaria se soubesse o que já fiz.” “Somos os dois muito tradicionais. Apesar de ser ph.D., ela gosta mesmo é de ficar em casa com as crianças.” Vemos o que queremos ver, o que toleramos ver, e nosso parceiro faz o mesmo. Neutralizar
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 25 | Location 370-371 | Added on Sunday, November 22, 2020 12:56:54 AM
mesmo. Neutralizar a complexidade do outro nos proporciona uma espécie de alteridade administrável.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 25 | Location 373-374 | Added on Sunday, November 22, 2020 12:57:20 AM
quando prendemos a nós mesmos e nossos parceiros a entidades fixas, não deveria ser surpresa que a paixão
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 25 | Location 373-374 | Added on Sunday, November 22, 2020 12:57:24 AM
quando prendemos a nós mesmos e nossos parceiros a entidades fixas, não deveria ser surpresa que a paixão acaba.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 28 | Location 439-440 | Added on Sunday, November 22, 2020 1:04:08 AM
O que é conhecido nos dá uma base, o que talvez nos proporcione certa paz doméstica, mas também orquestra o tédio.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 29 | Location 445-446 | Added on Sunday, November 22, 2020 1:05:04 AM
Quando resistimos ao impulso de controlar, quando nos mantemos abertos, preservamos a possibilidade da descoberta. O erotismo está no espaço ambíguo entre a ansiedade e a fascinação.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 31 | Location 470-472 | Added on Sunday, November 22, 2020 1:08:10 AM
Através do amor, imaginamos uma nova forma de ser. Você me vê como eu nunca me vi. Você esconde minhas imperfeições, e gosto do que você vê. Com você, e por seu intermédio, hei de me tornar o que desejo ser. Hei de me tornar inteiro. Ser escolhido por quem escolhemos é uma das
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 31 | Location 470-472 | Added on Sunday, November 22, 2020 1:08:17 AM
Através do amor, imaginamos uma nova forma de ser. Você me vê como eu nunca me vi. Você esconde minhas imperfeições, e gosto do que você vê. Com você, e por seu intermédio, hei de me tornar o que desejo ser. Hei de me tornar inteiro. Ser escolhido por quem escolhemos é uma das glórias de se apaixonar.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 32 | Location 489-490 | Added on Sunday, November 22, 2020 1:10:54 AM
Se o amor é um ato de imaginação, a intimidade é um ato de fruição.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 32 | Location 490-492 | Added on Sunday, November 22, 2020 1:11:11 AM
As sementes da intimidade são o tempo e a repetição. Escolhemos um ao outro repetidas vezes e assim criamos uma comunidade de dois.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 35 | Location 545-546 | Added on Sunday, November 22, 2020 1:15:35 AM
Quando a intimidade se transforma em fusão, não é a falta, mas o excesso de proximidade que impede o desejo.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 35 | Location 546-549 | Added on Sunday, November 22, 2020 1:15:59 AM
O amor se baseia em dois pilares: entrega e autonomia. Nossa necessidade de união coexiste com nossa necessidade de distanciamento. Uma não existe sem a outra. Com excesso de distância, não pode haver ligação, mas o excesso de união elimina a independência. Então, nada mais resta a transcender, não há ponte para se atravessar, ninguém para visitar do outro lado, nenhum outro mundo interno onde entrar.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 35 | Location 549-551 | Added on Sunday, November 22, 2020 1:16:09 AM
Quando as pessoas se fundem, quando dois viram um, a ligação é impossível. Não há com quem estabelecê-la. Assim, o distanciamento é uma condição para a ligação. Esse é o paradoxo essencial da intimidade e do sexo.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 37 | Location 570-573 | Added on Sunday, November 22, 2020 1:18:37 AM
E, enquanto estão migrando para o mundo um do outro, até agora não se instalaram plenamente; ainda são duas entidades distintas. É o espaço que há entre eles que lhes permite imaginar que não existe espaço nenhum. Ainda estão empolgados pelo encontro e ainda não consolidaram a relação.
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- Your Highlight on page 37 | Location 573-574 | Added on Sunday, November 22, 2020 1:18:53 AM
No início, podemos nos concentrar na união porque a distância psicológica já existe; é estrutural. A alteridade é um fato. Não é preciso cultivar a distância nos estágios iniciais; os dois ainda são pessoas bem distintas.
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- Your Highlight on page 40 | Location 633-637 | Added on Sunday, November 22, 2020 1:24:13 AM
Razão, compreensão, compaixão e camaradagem são os elementos que favorecem uma relação próxima e harmoniosa, mas o sexo muitas vezes evoca mais obsessão irracional do que discernimento atencioso, mais desejo egoísta do que consideração. Agressão, coisificação e poder existem à sombra do desejo, componentes da paixão que não necessariamente alimentam a intimidade. O desejo atua em trajetória própria.
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- Your Highlight on page 42 | Location 661-662 | Added on Sunday, November 22, 2020 1:25:48 AM
Desejamos criar intimidade em nossas relações, preencher a lacuna que há entre nós e nosso parceiro, mas, ironicamente, é essa mesma lacuna entre o eu e o outro que constitui a sinapse erótica.
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- Your Highlight on page 45 | Location 725-728 | Added on Sunday, November 22, 2020 1:30:41 AM
distinção precisa entre a “segurança frágil do conforto permanente” e a “segurança dinâmica” dos casais que brigam e fazem as pazes, em uma relação que é uma sucessão de rupturas e reconciliações. Não é cooptando o conflito, mas antes reconhecendo-o, que a tensão sexual pode aflorar — e trazer segurança.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 45 | Location 734-735 | Added on Sunday, November 22, 2020 1:31:33 AM
Sugiro que a capacidade de tolerar nossa individualidade — e a insegurança fundamental que isso gera — é uma precondição para manter o interesse e o desejo numa relação.
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- Your Highlight on page 45 | Location 740-742 | Added on Sunday, November 22, 2020 1:32:09 AM
A intimidade pessoal demarca uma área privada que exige tolerância e respeito. É um espaço — físico, emocional e intelectual — que só pertence a mim. Nem tudo precisa ser revelado. Todo mundo deve cultivar um jardim secreto.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 46 | Location 742-743 | Added on Sunday, November 22, 2020 1:32:15 AM
O amor gosta de saber tudo sobre o outro; o desejo precisa de mistério.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 46 | Location 745-745 | Added on Sunday, November 22, 2020 1:32:33 AM
O amor envolve ter; o desejo, querer.
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- Your Highlight on page 48 | Location 769-773 | Added on Sunday, November 22, 2020 12:49:46 PM
No passado, quando o casamento era uma instituição mais pragmática, o amor era opcional. Essencial era o respeito. Homens e mulheres supriam suas necessidades afetivas com outras pessoas, principalmente do mesmo sexo. Os homens criavam vínculos através do trabalho e de atividades recreativas; as mulheres, através da criação dos filhos e dos pedidos de açúcar às vizinhas. O amor no casamento podia se desenvolver com o tempo, mas não era indispensável ao sucesso da família. O casamento era primordialmente uma questão de subsistência econômica e era uma parceria vitalícia.
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- Your Highlight on page 50 | Location 797-800 | Added on Sunday, November 22, 2020 12:52:14 PM
Na era da comunicação, a intimidade foi redefinida. Já não são mais o profundo conhecimento e a familiaridade que se desenvolvem com o tempo e podem ser cultivados em silêncio. Em vez disso, pensamos em intimidade principalmente como um processo discursivo em que precisamos nos mostrar, compartilhar o que temos de mais íntimo e mais pessoal: nossos sentimentos
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 50 | Location 808-810 | Added on Sunday, November 22, 2020 12:53:08 PM
Já se gastou muita tinta para explicar a superioridade da capacidade verbal da mulher na área emocional; aqui, basta dizer que séculos de acesso limitado ao poder nos tornaram especialistas em construir relações.
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- Your Highlight on page 54 | Location 870-871 | Added on Sunday, November 22, 2020 11:32:55 PM
Quando o impulso de se abrir vira obrigatório, quando os limites pessoais já não são respeitados, quando só se reconhece o espaço compartilhado com o companheiro e o espaço pessoal é negado, a fusão
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- Your Highlight on page 54 | Location 870-874 | Added on Sunday, November 22, 2020 11:33:13 PM
Quando o impulso de se abrir vira obrigatório, quando os limites pessoais já não são respeitados, quando só se reconhece o espaço compartilhado com o companheiro e o espaço pessoal é negado, a fusão substitui a intimidade e a posse coopta o amor. É também o beijo da morte para o sexo. Destituída de enigma, a intimidade se torna cruel quando exclui qualquer possibilidade de descoberta. Se nada resta a esconder, nada resta a procurar.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 64 | Location 1039-1040 | Added on Sunday, November 22, 2020 11:46:50 PM
Temos medo de brincar com os desequilíbrios de poder no campo sexual, mesmo numa relação consensual entre adultos maduros, e acabar derrubando o respeito que é essencial para as relações humanas.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 71 | Location 1168-1174 | Added on Tuesday, November 24, 2020 1:01:25 AM
Fazemos um exercício em que cada um traça uma linha no meio de um papel e escreve do lado esquerdo tudo que lhe vem à cabeça com a palavra “amor”. Sugiro: “Quando penso em amor, penso em…”, “Quando sou amado, me sinto…”, “No amor, procuro…”. Tão logo terminam, eles fazem o mesmo no lado direito da folha, mudando o foco: “Quando penso em sexo, penso…”, “Quando sinto desejo, me sinto…”, “Quando sou desejado, me sinto…”, “No sexo, procuro…”. Esse exercício, embora simples, é extraordinariamente esclarecedor. Primeiro, porque expõe com clareza como amor e desejo são representados na mente de cada um — se estão separados ou se estão interligados. Segundo, porque me permite ver a congruência desses arranjos entre parceiros.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 79 | Location 1301-1302 | Added on Tuesday, November 24, 2020 1:11:18 AM
Costumávamos moralizar; hoje, normalizamos. E a ansiedade quanto ao desempenho é a versão secular de nossa velha culpa cristã.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 87 | Location 1469-1471 | Added on Tuesday, November 24, 2020 10:12:00 PM
Você não tem escolha; tem que inspirar e expirar, fazer as duas coisas. É a mesma coisa com a intimidade e a paixão. Explico que a tensão entre segurança e aventura é um paradoxo a administrar, não um problema a resolver
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 89 | Location 1505-1506 | Added on Tuesday, November 24, 2020 10:14:33 PM
Trabalhar um conflito não é o mesmo que eliminá-lo.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 90 | Location 1520-1523 | Added on Tuesday, November 24, 2020 10:15:53 PM
No consultório, encontro casais que reclamam de serem entorpecidos pela rotina, mas, quando investimos continuamente no tipo de soluções pragmáticas para “fazer sexo” que prometem regularidade — uma média razoável —, corremos o risco de aumentar a insipidez que tanto repudiamos. O erotismo nos desafia a buscar uma solução diferente, a nos render ao desconhecido e ao insondável, a abrir uma brecha no confinamento do mundo racional.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 94 | Location 1577-1578 | Added on Tuesday, November 24, 2020 10:19:22 PM
querem mais nos fazer abrir a carteira do que abrir a mente.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 99 | Location 1674-1676 | Added on Tuesday, November 24, 2020 10:25:34 PM
A terapia é um processo de expansão da sexualidade através do abandono das inibições, do estímulo da fisicalidade e do contorno dos limites. Os casais aprendem a dançar passo a passo, num processo que não tem prazo definido.
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- Your Highlight on page 103 | Location 1758-1759 | Added on Tuesday, November 24, 2020 10:30:06 PM
Para Nico, sexo é uma peça de um único ato. Para Maria, é uma sequência de prazeres. O problema surge quando eles se prendem ao objetivo exclusivo de atingir o orgasmo e deixam de lado o erotismo.
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- Your Highlight on page 105 | Location 1782-1785 | Added on Tuesday, November 24, 2020 10:31:48 PM
É muito fácil fechá-lo no papel de marido, com todas as qualidades domésticas relacionadas a esse papel, e depois se queixar de falta de desejo. Ele tem toda uma geografia interior, e você simplesmente está andando no mesmo bairro antigo.
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- Your Highlight on page 109 | Location 1834-1836 | Added on Tuesday, November 24, 2020 10:35:33 PM
Quanto mais ele ama Rita e quanto mais depende dela, mais sente necessidade de tomar cuidado e mais inibido fica sexualmente. Não sabe como viver abertamente o desejo no contexto do afeto. Seu inconsciente é fiel ao passado.
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- Your Highlight on page 110 | Location 1867-1869 | Added on Tuesday, November 24, 2020 10:38:08 PM
Os detalhes de nossas tendências e apreensões eróticas são refinados ao longo da vida, mas muitas vezes têm origem nas experiências que tivemos quando crianças, tanto as boas quanto as não tão boas. Às vezes, é necessário agir como detetive psicológico para entender tudo isso, mas muito pouco na imaginação erótica de uma pessoa é obra do
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- Your Highlight on page 110 | Location 1867-1870 | Added on Tuesday, November 24, 2020 10:38:19 PM
Os detalhes de nossas tendências e apreensões eróticas são refinados ao longo da vida, mas muitas vezes têm origem nas experiências que tivemos quando crianças, tanto as boas quanto as não tão boas. Às vezes, é necessário agir como detetive psicológico para entender tudo isso, mas muito pouco na imaginação erótica de uma pessoa é obra do acaso.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 112 | Location 1900-1903 | Added on Tuesday, November 24, 2020 10:40:38 PM
precisamos ser capazes de entrar em nós mesmos, de nos entregar às nossas vontades estando na presença do outro, acreditando que ele/ela continuará ali quando voltarmos, que não se sentirá rejeitado por nossa ausência momentânea. Precisamos ser capazes de nos ligar sem ter medo de desaparecer, de dar voz ao nosso individualismo sem medo de sermos abandonados.
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- Your Highlight on page 120 | Location 2040-2042 | Added on Wednesday, November 25, 2020 3:54:02 PM
A raiva ilumina o individualismo e é um contraponto da dependência, daí seu poder de atiçar o desejo com tanta força. Ela lhe dá a distância de que você precisa. Como hábito, pode ser problemática, mas é inegável que é um estimulante poderoso.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 127 | Location 2167-2169 | Added on Wednesday, November 25, 2020 4:03:06 PM
Com um menino de cinco anos e uma menina de dois, sou mãe em tempo integral. O tempo que me sobra, eu o quero para mim. Quando Warren se aproxima, tenho a sensação de que é mais um querendo alguma coisa de mim. Sei que não é a intenção dele, mas é como me sinto. Não me sobra nada para dar.
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- Your Highlight on page 145 | Location 2496-2499 | Added on Thursday, November 26, 2020 1:04:37 AM
Crianças que veem os pais à vontade expressando afeição (discretamente, dentro de limites apropriados) têm mais chances de abraçar a sexualidade com a saudável combinação de respeito, responsabilidade e curiosidade que ela merece. Se censuramos nossa sexualidade, coibimos nossos desejos ou renunciamos a eles, transmitimos tais inibições intactas à geração seguinte.
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- Your Highlight on page 158 | Location 2715-2720 | Added on Thursday, November 26, 2020 1:16:54 AM
No refúgio de sua mente, ela transforma a passividade em prazer erótico; o poder vira atenção e o risco reencontra a segurança. Joni está arrasada com as consequências da dependência em todas as frentes. Repudia a própria carência e também não sabe lidar com as necessidades emocionais dos outros. Resolve isso povoando suas fantasias com caricaturas de machismo, homens fortes que não precisam de cuidados. Eles não pedem, eles exigem. Assim ela é livre do imperativo social da mulher dedicada e seu apetite sexual autocentrado é liberado.
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- Your Highlight on page 164 | Location 2825-2828 | Added on Thursday, November 26, 2020 1:24:47 AM
entrar na paisagem erótica do outro requer um esforço de compreensão e um grau considerável de independência emocional. Podemos não gostar do que ouvimos, podemos não achar atraente. Esse nível de objetividade compassiva não é fácil de atingir, especialmente tratando-se de desejo. Se nosso parceiro se excita com algo que nos é estranho, a tentação é primeiro julgar, depois perguntar — ou nem perguntar.
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- Your Highlight on page 164 | Location 2828-2829 | Added on Thursday, November 26, 2020 1:24:52 AM
Quando sente uma crítica, a mente erótica se esconde. Ao perder sua privacidade, torna-se reclusa.
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- Your Highlight on page 165 | Location 2839-2840 | Added on Thursday, November 26, 2020 1:25:57 AM
Entender o mecanismo das fantasias eróticas ajuda a entender o que se busca, sexual e emocionalmente. Nos devaneios eróticos se encontra a energia que nos mantém despertos para nossa sexualidade.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 170 | Location 2923-2924 | Added on Thursday, November 26, 2020 1:31:18 AM
Numa cultura em que tudo é descartável, o que só confirma como somos substituíveis, nossa necessidade de nos sentir seguros na relação principal é maior ainda.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 177 | Location 3056-3059 | Added on Thursday, November 26, 2020 1:44:44 AM
Em seu livro Monogamy [Monogamia], Adam Phillips diz: “O casal é uma resistência à intrusão do terceiro, mas, para que dure, é indispensável ter inimigos. Por isso os monogâmicos não podem viver sem terceiros. Quando somos dois, estamos juntos. Para formar um casal, precisamos ser três”.6
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 183 | Location 3155-3156 | Added on Thursday, November 26, 2020 1:51:57 AM
Quando podemos contar a verdade sem perigo, somos menos propensos a guardar segredos.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 183 | Location 3156-3159 | Added on Thursday, November 26, 2020 1:52:14 AM
Em vez de inibir a sexualidade do casal, reconhecer o terceiro tende a dar tempero, não menos porque isso nos lembra que não somos donos do nosso parceiro. Não podemos achar que será sempre nosso. Na incerteza está a semente do desejo. Além do mais, quando estabelecemos uma distância psicológica, também podemos enxergar nosso parceiro com os olhos de admiração de um estranho, notando mais uma vez o que o hábito impediu que enxergássemos.
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- Your Highlight on page 189 | Location 3259-3261 | Added on Thursday, November 26, 2020 1:59:31 AM
A antropóloga evolucionista Helen Fisher3 observa que o coquetel hormonal da paixão — dopamina, norepinefrina e b-feniletilamina — dura, no máximo, alguns anos. A oxitocina, o hormônio do carinho, dura mais que todos esses.
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Sexo no cativeiro (Nova edição) (Perel, Esther)
- Your Highlight on page 200 | Location 3465-3468 | Added on Friday, November 27, 2020 12:35:53 AM
Meu objetivo é ajudar os pacientes a se sentirem confortáveis com a sexualidade como uma parte de sua vida reconhecida conscientemente e acolhida com entusiasmo, como algo que exige total engajamento. A ideia de planejar é um obstáculo a superar. Muitos casais associam planejamento a horário, horário a trabalho, e trabalho a obrigação. A terapia é o processo de desmontar essas convicções.
