- Seu destaque ou posição 171-173 | Adicionado: sábado, 27 de abril de 2019 00:16:14
se, em um primeiro momento, o ato de consumir gera um estado de alegria ou de euforia momentânea, libertando parte de nossa ansiedade, com o tempo nós nos “viciamos” nessa sensação abstrata de prazer e passamos a comprar mais e mais, na tentativa ilusória de criar um estado permanente de satisfação. E, assim, quanto mais compramos, mais rapidamente perdemos o caráter ansiolítico e prazeroso do ato de consumir.
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Mentes Consumistas (Ana Beatriz Barbosa Silva)
- Seu destaque ou posição 184-186 | Adicionado: sábado, 27 de abril de 2019 00:17:22
Uma pessoa satisfeita com sua aparência, com seu ofício, com seus afetos e seus valores éticos não necessita consumir (de forma abusiva e/ou compulsiva) cosméticos, cirurgias plásticas, namorados e/ou namoradas “da hora” ou títulos de bons cidadãos em instituições de visibilidade social.
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Mentes Consumistas (Ana Beatriz Barbosa Silva)
- Seu destaque ou posição 203-209 | Adicionado: sábado, 27 de abril de 2019 00:19:29
se somos solidários por natureza, por que a humanidade vive tão infeliz? Por que uma parcela imensa dos seres humanos vive tão ansiosa, deprimida, dependente de substâncias tóxicas ou com comportamentos autodestrutivos? Porque, além de possuirmos um senso biológico de solidariedade e compaixão, somos dotados de inteligência estratégica, que pode ser manipulada pela cultura à qual somos expostos em determinada sociedade. Dessa forma, a cultura do ter, dominante em nossa sociedade consumista, influencia de maneira intensa e persuasiva nossa inteligência para que sejamos capazes de “tapear” a nossa natureza solidária, a fim de nos tornarmos peças eficientes em manter o sistema econômico vigente em pleno funcionamento. Com nossa inteligência “entorpecida”, vamos quase que roboticamente nos tornando consumidores contumazes, insaciáveis e com sentimento constante de ansiedade e insatisfação.
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Mentes Consumistas (Ana Beatriz Barbosa Silva)
- Seu destaque ou posição 758-760 | Adicionado: sábado, 27 de abril de 2019 11:49:33
Sem nos darmos conta, aprovamos uma “solução” de origem privada totalmente alicerçada na lógica da economia de mercado, para disfarçarmos os “rombos” existentes em nossa convivência social. Os shoppings não deixam de ser verdadeiras “ilhas fantasiosas” que recriam, de forma artificial, cidades bonitas, limpas, seguras, nas quais podemos nos alienar dos reais problemas que tomam conta das cidades reais onde vivemos.
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Mentes Consumistas (Ana Beatriz Barbosa Silva)
- Seu destaque ou posição 765-768 | Adicionado: sábado, 27 de abril de 2019 11:50:37
O livro O ócio criativo, do sociólogo italiano Domenico de Masi, deixa muito claro que todo ser humano necessita do ócio (tempo livre) para que, em seu silêncio interior, possa entrar em contato com o melhor do seu eu. Assim, ele consegue acessar a matéria-prima individual que possibilita a criatividade talentosa que cada um de nós possui,
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Mentes Consumistas (Ana Beatriz Barbosa Silva)
- Seu destaque ou posição 779-781 | Adicionado: sábado, 27 de abril de 2019 11:51:48
De forma camuflada, a segregação social é feita não pelo impedimento físico da população a seus espaços, mas pela exclusão da grande maioria da população mundial, que não possui recursos financeiros para o acesso a esse admirável mundo novo, na qual compras, diversão e segurança são oferecidas sob a maquiagem de limpeza, beleza e conforto.
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Mentes Consumistas (Ana Beatriz Barbosa Silva)
- Seu destaque ou posição 857-862 | Adicionado: sábado, 27 de abril de 2019 14:12:02
A palavra lazer vem do latim licere, que significa “ser lícito, ser permitido”, que nos conduz à noção de sermos livres, de termos liberdade. Se considerarmos que os shoppings representam cada vez mais o local onde os indivíduos buscam suas atividades de lazer e tendem a viver sua vida “fora do trabalho”, constataremos que a nossa liberdade está sendo transformada em coisas a serem possuídas, pois não criamos o nosso lazer – ele nos é oferecido de forma pronta e prática para ser consumido sem desperdício de tempo. Sem percebermos, nos tornamos prisioneiros no território das necessidades e esquecemos completamente o fato de que lazer, arte e felicidade são experiências que precisam nascer e se desenvolver no território da liberdade.
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Mentes Consumistas (Ana Beatriz Barbosa Silva)
- Seu destaque ou posição 1029-1031 | Adicionado: sábado, 27 de abril de 2019 14:26:44
Dar limites aos filhos talvez seja uma das mais corajosas maneiras de amá-los. Aprender a lidar com as frustrações é essencial para o pleno desenvolvimento psicológico das crianças.
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Mentes Consumistas (Ana Beatriz Barbosa Silva)
- Seu destaque ou posição 1079-1080 | Adicionado: sábado, 27 de abril de 2019 14:50:16
O neurologista português António R. Damásio, no seu livro O erro de Descartes, descreve muito bem essa necessidade e conclui que as melhores escolhas são, na verdade, as realizadas em parceria com nosso cérebro emocional.
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Mentes Consumistas (Ana Beatriz Barbosa Silva)
- Seu destaque ou posição 1129-1132 | Adicionado: sábado, 27 de abril de 2019 14:53:41
Por exemplo, quando estamos ansiosos, muitas vezes sentimos mais vontade de comer. Mas, se já estamos satisfeitos, por que cargas-d’água o nosso cérebro pediria mais comida? Simples: distração e recompensa. Ele está tenso por alguma razão, mesmo que naquele momento não possamos perceber, de maneira consciente, o motivo pelo qual ele procura se distrair e aliviar o mal-estar.
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Mentes Consumistas (Ana Beatriz Barbosa Silva)
- Seu destaque ou posição 1132-1135 | Adicionado: sábado, 27 de abril de 2019 14:54:00
Quando comemos, desviamos a atenção do nosso cérebro para outros estímulos: o cheiro, o paladar, o ato de comer, a sensação de plenitude, a digestão, entre outros. A recompensa é dada pelo fato de realizarmos com facilidade aquilo que desejamos, trazendo-nos, assim, uma sensação agradável – a de comer. A vontade de comer sem ter fome é uma forma que o cérebro tem de nos sinalizar que algo está errado.
==========Mentes Consumistas (Ana Beatriz Barbosa Silva)
- Seu destaque ou posição 1579-1580 | Adicionado: domingo, 28 de abril de 2019 13:47:05
Crianças “poupadas” em excesso se tornam adultos que veem os problemas com maior gravidade do que de fato eles têm. Resultado: maior reação de estresse frente às adversidades.
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Mentes Consumistas (Ana Beatriz Barbosa Silva)
- Seu destaque ou posição 1580-1581 | Adicionado: domingo, 28 de abril de 2019 13:47:11
a própria reação de estresse aumenta o cortisol que predispõe o cérebro a liberar mais dopamina e, consequentemente, acionar o comportamento de busca de prazer.
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Mentes Consumistas (Ana Beatriz Barbosa Silva)
- Seu destaque ou posição 1543-1546 | Adicionado: domingo, 28 de abril de 2019 13:47:58
Os estudos de neuroimagens demonstraram atividade diminuída no córtex pré-frontal em pacientes que possuíam algum vício e que naquele momento estivessem em abstinência, demonstrando uma redução da atividade de vias cerebrais onde naturalmente se produz a dopamina. Isso implica, na prática, dificuldades de obter prazer sem grandes estímulos, diminuição do controle de impulsos e perda da habilidade de fazer boas escolhas.